Quem faz as minhas roupas?
7.5.15
No dia 24 de de abril de 2015, numa rua do centro de Berlim, Alemanha, um movimento global, sem fins lucrativos (fashionrevolution.org) lançou uma experiência social.
Vender uma T-shirt de 2 euros numa máquina de venda automática.
Escusado será dizer que foram muitas as pessoas que pretenderam comprar esta peça de roupa a um preço tão baixo. A surpresa, principalmente para quem colocava a moeda, foi ver que em vez de disponibilizar o artigo a máquina mostrava um filme sobre quem fazia as t-shirts e o verdadeiro custo das mesmas, num alerta para as condições de exploração laboral no seu fabrico.
Uma das mensagens que podemos ver no filme diz: "Conheça a Manisha, uma das milhões de pessoas que fazem a nossa roupa barata por menos de 13 cêntimos à hora, durante 16 horas por dia. Ainda quer comprar esta t-shirt?".
Mais palavras para quê? Se isto não nos faz pensar... então o que fará?
Orsola de Castro, ativista italiana e uma das responsáveis pelo movimento global que surgiu após a tragédia do Bangladesh em 24 de abril de 2013 (onde morreram mais de 1100 pessoas) afirma: "Às vezes não sabemos o que compramos ou não queremos pensar nisso, mas temos de pensar nos trabalhadores que fazem as roupas que vestimos".
No site deste movimento, à pergunta "quem faz as minhas roupas?" só a Zara através do seu grupo empresarial Inditex (que contempla também as marcas Pull&Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius e Oysho) respondeu afirmando que as suas fábricas oferecem as melhores condições possÃveis dentro das capacidades de cada paÃs. (Uma nota pessoal, para dizer que a marca também vende peças fabricadas em Portugal).
Aqui fica o vÃdeo da campanha, que já conta com mais de 4 milhões de visualizações no Youtube.
Foto e Video: FashionRevolution.org. Todos os direitos reservados.
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