Eu de Saltos Altos

31.3.15

Depois do post sobre a exposição da revista Máxima "100 Homens sem preconceitos", eu próprio quis visitar este evento e prestar homenagem a todas as mulheres e à revista Máxima pela iniciativa.


A exposição estava bem organizada, apresentando muita informação complementar ao visitante.




À entrada, do lado direito, um escaparate com várias cópias do livro que reúne todas as fotos e que reverte para a Associação Laço.


Do lado esquerdo, um gigantesco timeline com as principais datas que marcam a história dos direitos da mulher.


Mais à frente, uma vitrina com os desenhos de Luís Onofre, alguns moldes e formas, que serviram para criar os sapatos usados nas fotos.


Também eu aceitei o desafio e visitei a exposição de saltos altos. Apesar de alguns números acima do meu (o mais pequeno era um 43), consegui facilmente equilibrar-me sobre os 10cm de salto.


Imediatamente antes da visualização das várias imagens, uma réplica gigante de um sapato de salto alto.


Quis levar comigo o meu filho, de seis anos, para que também ele cresça sem preconceitos. Não havia sapatos de salto alto de tamanho infantil, mas quis que o fotografasse junto aos retratos de desportistas da exposição. Surpreendeu-me ver lá outros três adolescentes que também calçaram os sapatos de salto alto.

Durante a visita fui abordado por uma visitante: "Dou-lhe os parabéns, é um homem corajoso. Não porque tenha caçado os sapatos mas porque consegue andar neles". O que disse a seguir é que não me 'caíu' tão bem: "Uma depilação na perninha é que eu queria ver." Ao que respondi: "também tenho".

Numa exposição que pretende abolir preconceitos em relação às mulheres, este exemplo mostra que ainda há mulheres com ideias pré-concebidas em relação aos homens.

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4 Comentários

  1. Primeiramente gostaria de parabenizá-lo e saber se esta exposição já terminou e onde que foi ou é?

    Sou homem, adoro usar salto alto, e estou iniciação de enfrentamento na sociedade.
    "Nenhuma pessoa é regida por regras predeterminadas dizendo o que nós como pessoas individuais podemos ou não podemos vestir ou calçar."

    Creio que muitos se envergonham em dizer que gostam ou gostariam de usar e acabam somente usando o salto em casa escondido quando tem oportunidade. Eu sei pois fui assim por mais de 15 anos.
    Agora mais maduro e ciente do que quero pra minha vida e o que sou, a pessoa precisa ser livre de preconceito e ter atitude para quebrar barreiras na sociedade ditadas pelo "modismo".

    Podemos e vamos encontrar "bico-virado", cochichos, elogios, piadinhas, até ofensas. De fato, não infringindo minha integridade física, simplesmente o dia passa, cada um cuida da sua vida, vai pra sua casa dormir. E pronto.

    Eu estou fazendo a minha parte. Já saí na rua a noite de salto, fui em lanchonete, agora estou começando a enfrentar e quebrar um pouco desse tabú.
    Não temos que nos importar com o que os outros vão pensar. Se isso é o que nos faz feliz (e que realmente me deixa muito feliz usar um par de salto alto), é isso que devemos fazer em nossa vida. Pois, o tempo passa e podem se arrepender num futuro por nunca ter ousado, enfrentado e sido feliz enquanto podia.

    Quero muito que homens que gostem de salto alto, saiam mais nas ruas, experimentem saltos em lojas, que inclusive, em todas as que já experimentei aqui em SP, sempre me atenderam bem.
    Trata-se de viver em harmonia com a felicidade de ser quem somos.
    Trata-se de fazer as coisas que só nos faz sentir bem.
    É sobre sorrir.
    É sobre ter nada a esconder.
    Ajude-me a tornar o mundo um lugar melhor para homens e mulheres!

    Abraço a todos!

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    1. Caro Rubens Ito,

      Antes de mais os meus agradecimentos pelo seu comentário.

      A exposição já terminou e decorreu no Centro Cultural de Belém em Lisboa, Portugal.

      Concordo inteiramente consigo no que diz respeito à liberdade individual de cada pessoa.

      Também sou da opinião que qualquer homem pode e deve vestir ou calçar o que bem intender.

      Ninguém tem o direito de criticar ou de levantar falsos testemunhos, só porque não partilha da mesma opinião.

      Apesar de não andar no dia a dia com saltos altos, também os experimento nas lojas e por norma, sempre que posso, gosto de visitar sites, comunidades ou blogs que falam destes artigos.

      Tal como escrevi no post sobre a História dos Saltos Altos, estes começaram por fazer parte da indumentária masculina e só muito mais tarde passaram a ser usados por mulheres, por isso, não vejo mal algum em os homens reclamarem de novo o que outrora foi seu.

      Assim, deixo-lhe aqui os meus parabéns pela sua coragem, pois é necessário ser muito homem, para assumir tal vontade em público e aproveito para o incentivar a continuar e a não desistir, já que dos fracos não reza a história.

      Um forte abraço e desejos de muitas felicidades e sucessos.

      Paulo Nabais

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    2. Eu também adoro usar salto alto, mas não só isso. Adoro todas as peças do vestuário feminino feitas com esses tecidos que colam na pele, justinho... gosto de sentir a pressão do tecido... blusinhas, mini-saia, meia-calça, calcinha sloggy, calça leggin, sutiã com nojo... Adoro me sentir como uma mulher de vez em quando... me produzir como tal e caminhar de um lado para o outro... nunca tive relação homo e nunca senti atração por homem algum, embora sinta sim tesão por alguns machos muito sarados doo do cinema porno.... Gostaria de experimentar um pau, fazer uma chupeta, mas isto é outro assunto... enfim, às vezes vou pra dentro de um motel sozinho só para liberar a Rafaela ( meu eu feminino ) ... é triste ser tão difícil fazer o que lhe faz bem

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    3. Muito boa sua colocação. Muitas vezes nos faltam coragem de encarar

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