Vozes que resistem ao islão
5.5.15
Hoje passava os olhos pela revista do jornal espanhol El País, a S Moda, e dei de caras com esta notícia que mereceu a minha melhor atenção.
A jornalista Clara Morales apresenta sete mulheres que de uma forma ou de outra têm enfrentado nos seus países e nos seus trabalhos os radicais clérigos islamitas.
Estas ativistas e mulheres de negócios que foram educadas em países de maioria muçulmana tornaram-se virais pelos seus atos e pela sua coragem e conseguiram ganhar um vasto apoio mediático.
Aqui ficam as suas caras e alguns dos seus feitos:
Roya Mahboob
A cultura afegã crê que o lugar da mulher é em casa, mas ela fundou uma empresa de software (Afgan Citadel) com maioria de empregadas (72%) e abriu espaços gratuitos para facilitar o acesso à internet a 160.000 jovens.
Mona Eltahawy
Jornalista anti-clerical de nacionalidade egípcia e americana tem vindo a denunciar a opressão da mulher ao abrigo do Corão. Foi acusada de islamofobia por outras feministas muçulmanas.
Rima Karaki
Quando o islamita Hani Sibai a mandou calar na televisão libanesa, a apresentadora disse-lhe "Aqui mando eu" e desligou-lhe o microfone. A sua atitude, vista como um desafio ao patriarcado, teve 9 milhões de visualizações. Ela defende que os media devem estar abertos ao debate.
Veena Malik
A atriz paquistanesa está acostumada a enfrentar os religiosos que a acusam de profana e blasfema por posar em capas de revista ou usar música litúrgica em espetáculos televisivos. Ela voltou depois de um retiro motivado pela pressão.
Leena Alam
"Shereen's Law é o primeiro drama sobre o poder e a independência da mulher", explica esta atriz afegã. Sabe que a sua série, sobre a carreira judicial de uma mãe solteira, vai ferir sensibilidades. Não pensa abandonar as filmagens, pese embora as ameaças diárias que recebe.
Sepideh Jodeyri
Traduziu para Persa a novela de temática sexual "O azul é a cor mais quente". A poeta iraniana foi atacada pelos conservadores e o livro deixou de ser vendido no país. Ameaçada, trabalha em Praga.
Ayaan Hirsi Ali
Escreveu contra a mutilação genital feminina e foi ameaçada de morte depois de participar no filme Submissão, de Theo van Gogh (assassinado por um islamita), que falava sobre a dura situação da mulher no islão. Educada na Somália e Arábia Saudita propõe uma renovação desta religião no seu novo livro, Heretic.
Fonte: SModa, El País (Clara Morales)
Tradução e texto introdutório: Ele no Mundo Delas (Paulo Nabais)
Fotos: Vários. Alguns direitos reservados.
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