Dados oficiais indicam que, no mundo, uma em cada nove mulheres é afetada pelo cancro da mama, sendo a segunda maior causa de morte a seguir ao do pulmão. Em Portugal, segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, "com uma população de 5 milhões de mulheres, surgem 4500 novos casos de cancro da mama por ano, ou seja, 11 novos casos por dia, morrendo por dia 4 mulheres com esta doença".

Mas, muitas mais são as mulheres que ganham esta luta contra a doença. Para tal, têm contribuído os diagnósticos precoces, técnicas de tratamento mais avançadas e uma maior sensibilização da população feminina.

A pensar nas mulheres que sobrevivem a esta doença, mas que de alguma forma ficam com cicatrizes físicas - devido a mastectomia parcial ou total do(s) peito(s) - ou psicológicas, um grupo de artistas tatuadores desenvolveu um website chamado p.ink - uma contração entre as palavras pink (rosa) e ink (tinta) usada para designar tatuagem - para mostrar que através do seu trabalho é possível devolver a autoestima que a cirurgia removeu.

Para algumas mulheres esta é mesmo a única forma de se sentirem bem com elas próprias, mais sensuais e bonitas.

Um dos artistas, o tatuador David Allen, diz que "as mulheres sentem que ganham novamente autoestima e confiança para se 'mostrarem' quer em público quer em privado." Para muitas é um "voltar a ter o controlo das suas vidas".

Mais informações em: p-ink.org e allentattoo.com.


Fotos: P.Ink (Gigi Stoll) e David Allen. Todos os direitos reservados.